Um ano sem Cadu

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No peito, uma delicada gargantilha com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e um coração. O presente, recebido pelo filho Cadu Preuss, virou amuleto. Silvia, 54 anos, mãe do diretor executivo da Chapecoense, vítima do acidente da LaMia, vive seus dias a carregar o primogênito: como objeto de sorte e amor no pescoço e também dentro do coração.

Silvia e o marido Arnaldo Preuss, 59 anos, vivem no centro de Venâncio Aires onde, desde o dia 29 de novembro de 2016, decidiram que passariam seus dias com intensidade e relembrando Cadu. “Tem gente que prefere não falar. Eu quero falar e lembrar meu filho”, diz Silvia.

Silvia, do lar, e Arnaldo, encanador, receberam o Portal Arauto em sua casa, na Capital do Chimarrão, para conversar e relembrar os gestos de Cadu, o dia 29 e a semana de angústia até a chegada dos corpos e também para falar e dar exemplo de como enfrentar uma vida após a partida de quem tanto se ama.

Cadu Preuss deixou a mulher, a esteticista Ana Cláudia Severo, os irmãos Pedro e Ricardo e a filha Gabrielle, de 18 anos, que para ir bem no vestibular de Odontologia lembrou de ligar para a avó e dizer: “Acende as velinhas para a Nossa Senhora”. E Sílvia acendeu. E a proteção da padroeira se uniu ao amparo do pai, que em foto sorri, ao lado da imagem santa, enquanto sonhos da família se realizam e ele cuida de tudo lá de cima.

Confira, em vídeo, a entrevista com os pais do desportista que orgulhou e orgulha Venâncio Aires e ajudou na ascensão da Chapecoense que, agora, continua a brilhar, seja em campo com a nova equipe ou como estrela no céu. Um céu que se tornou verde e branco desde aquela madrugada de novembro.