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Seu cão é feliz? Saiba como identificar a depressão nos animais


Um balançar de rabo, olhos brilhando, posição pronta para abraçar. Essa é a cena de todos os amantes de cães que possuem um companheiro que alegra cada chegada em casa. Porém, se reações animadas como estas não estiverem ocorrendo, é preciso ficar atento. Animais podem manifestar depressão e diversos são os sinais que ajudam a confirmar a suspeita.


Conforme a médica veterinária Mariana Bremm, de Santa Cruz do Sul, o tutor que conhece bem o pet consegue identificar os sintomas sem muito mistério. "Podem ocorrer desde distúrbios comportamentais, como lambedura obsessiva, anorexia, falta de energia, assim como o cão pode ficar escondido ou demonstrar atitude de isolamento, latir ou ganir sem motivo e demonstrar agressividade e desconforto com pessoas", destaca.


A doença, embora pareça ter consequências apenas emocionais, pode ocasionar enfermidades. "A depressão pode desencadear problemas sistêmicos a partir dos sintomas que causa. Por exemplo, um cão que lambe as patas de maneira obsessiva por tédio ou depressão pode desenvolver dermatopatias graves, que necessitam de tratamento. Um cão que deixa de se alimentar ou de ingerir água adequadamente pode desenvolver caquexia e desidratação, que leva a problemas generalizados como insuficiência renal ou hepática", explica.


É preciso fazer sua parte

Seu cão precisa de atenção em todas as idades. A médica veterinária ressalta os riscos maiores de depressão em cães mais velhos, assim como síndrome cognitiva, que altera o comportamento do cão. Porém, é sempre importante lembrar, com filhotes, adultos ou idosos, da importância das atividades físicas e dos momentos de descontração. "Já sabemos que os nossos pets podem sentir e interpretar as nossas emoções, então nosso comportamento e condição psicológica está diretamente relacionado a como nossos pets reagem. Um cão que não tem acesso a brincadeiras, passeios, não socializa e fica confinado a um ambiente sem “desafios” tem grandes chances de ficar depressivo", salienta.


Tratamento

Conforme Mariana, o tratamento depende de cada caso. É possível alterar a rotina do cão para enriquecer e estimular a natureza canina, mas também há situações em que medicamentos e suplementos são necessários. "Em todos os casos, o tutor deve se comprometer com o tratamento ou atividades propostas, já que depende dele alterar a perspectiva desse cão. O cão não faz nada sozinho! Educação, impor limites, criar desafios e estímulos, lembrar que o cão tem instintos e respeitá-los, depende totalmente do tutor", diz.

 
 
 

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